top of page

Daredevil, Demolidor!

  • Carol Stussi
  • 5 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura


A Netflix me surpreendeu ao apostar no universo dos quadrinhos da Marvel. Daredevil ou Demolidor em português, é uma das grandes sacadas de 2016 dentro do cenário das séries, mas o que fez as 2 temporadas serem muito boas?


O ponto essencial que veio sendo trabalhado ao longo dos capítulos, e que conduziu os espectadores, foram os dilemas vivenciados pelo personagem principal. Matthew Murdock, silencioso e extremamente humano, cativou o público e veio mostrando uma nova visão sobre os heróis da Marvel. O Demolidor apresenta uma relação muito próxima conosco, ele se machuca, possui os seus dilemas, faz escolhas nem sempre adequadas, e acima de tudo vive.


O personagem vivido por Charlie Cox, nos faz imaginar que todos poderíamos estar vivendo e até mesmo resolvendo os nossos problemas do dia a dia. Ele não cai na rotina amorosa dos demais heróis da Marvel, o amor ideal, aquele que não se concretiza, que causa infelicidade e que conduz toda a história. Murdock, mesmo não podendo dividir com os outros a sua responsabilidade, não se priva de pedir e ceder, mesmo que inconsciente, a ajuda de outras pessoas. O herói luta contra os seus instintos, mas ao mesmo tempo vive as experiências que o tornam um ícone.


A história do Demolidor é sustentada por dois universos, a dualidade entre a noite e o dia, que sustentam em si os dilemas de toda a série. Vidas duplas, jornadas duplas que causam uma profusão de sentimentos quando se fala de Matt Murdock e a sua relação com os seus. Momentos que rendem situações hilárias principalmente por conta de Foggy Nelson, interpretado por Elden Henson, e questões dramáticas introduzidas por Karen Page, interpretada por Deborah Ann Woll.


Os vilões são outro show a parte, eles conseguem atrair a curiosidade e passam a ser parte integrante de todos os capítulos. Uma especial atenção para o Rei do Crime, vivido por Vincent D'Onofrio, sombrio e com um olhar denso, capaz de rompantes de pura insanidade.


Assim como os vilões, existem aqueles personagens que assumem características de possíveis alter egos do mal, mas que estão em busca de suas próprias jornadas e que ao longo dos capítulos vão enveredando por outros caminhos como o Justiceiro, Punisher, vivido por Jon Bernthal, que procura vingança e vive sua própria redenção. E Elektra Natchios que procura saciar sua sede por sangue, mas que encontra sua redenção ao lutar ao lado do Demolidor.


A primeira vez, que tomei contato com a história, foi com o filme Demolidor, O homem sem medo, lançado em 2003, e essa lembrança me fez esperar ansiosa pela aparição da Elektra. Toda aquela impressão que tive caiu por terra, quando comecei a assistir essa versão feita pela Netflix. Uma série violenta, com belas cenas de luta, no qual o mocinho sofre e realmente deixa transparecer a sua fragilidade ao mostrar suas feridas e cicatrizes. Uma atuação digna de aplauso, Charlie Cox convence como cego e com uma sensibilidade particular para abordar o tema.


Vamos esperar para ver o que nos reserva a Netflix para a próxima temporada. Espero que continue a nos surpreender e a ousar no quesito originalidade. Agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos!


Carol Stussi


Comentarios


Follow us
  • Facebook Basic Black
Posts recentes
bottom of page