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Lançamento da semana: Mulher-Maravilha.



Estreou essa semana o tão esperado primeiro filme solo da Mulher-Maravilha (Wonder Woman, 2017). Após uma sequência de filmes insatisfatórios, coube à nossa amazona colocar a DC de volta aos trilhos. Posso afirmar que a missão foi cumprida com louvor.


O filme conta a história da princesa da ilha Temiscira, Diana (Gal Gadot), e mostra desde sua infância até sua juventude. Pela primeira vez somos expostos a ares mitológicos no universo dos filmes da DC. O desenrolar da trama parte do momento em que um piloto americano, Steve Trevor (Chris Pine), cai com seu avião nessa ilha e é resgatado por Diana. A princesa passa a ter ciência, a partir daí, que os humanos estão em guerra e ela resolve interferir e sair em busca do Deus da Guerra Ares, que segundo suas crenças, é o único que pode estar por trás disso.


Quais são as razões para esse filme ter sido tão bem-sucedido? Me arrisco a dizer, inclusive, que ele tem tudo para ser o melhor filme de heróis do ano. Um dos pontos positivos do filme é a fotografia belíssima. Já estamos acostumados ao “dark” da DC, sobretudo nesse quesito, mas o fato do período exposto ser a Primeira Guerra Mundial dá um toque especial ao retratar a Inglaterra da década de 1920.


O filme é muito bem organizado. Tudo está em seu devido lugar, sem excessos. Para aqueles desconhecedores dos quadrinhos, não se preocupem, o contexto histórico e mitológico é exposto de forma dinâmica e didática, sem muitas delongas. Temos a parte introdutória na ilha que revela bastante do temperamento de Diana, além de retratar a origem das amazonas. Em seguida, temos a chegada de Diana à Inglaterra com cenas bem-humoradas, que finalmente dão leveza ao conteúdo da DC e abrange diferentes tipos de público. A trama nos envolve com um romance marcado pela química e timing entre Gal Gadot e Chris Pine. E, claro, o que não podia faltar, o filme é recheado de cenas de luta de tirarem o fôlego.


O ponto alto do filme é presenciar a Mulher-Maravilha adentrando o fronte de guerra com seu instinto de justiça, com uma bondade sem ser piegas e extrema força. Nesse filme é possível ter certeza que ela é capaz de colocar qualquer outro integrante da Liga da Justiça na lona. Faço menção ainda ao poder da trilha sonora. Dá pra se arrepiar nas cenas de batalha, ao som da música tema da heroína. A atriz israelense Gal Gadot, apesar de ser pouco conhecida, consegue trazer tudo o que uma heroína precisa: bravura, força, sensibilidade e naturalidade. Muito bom ver uma atriz fora dos padrões estéticos americanos. Ela tem uma beleza exótica, que já havia impressionado em Batman Vs Superman (2016), e agora se concretiza como uma nova revelação do cinema. Chris Pine, por sua vez, já conhecido do público pela franquia Star Trek, dá a solidez necessária na parte dramática.


De ponto negativo, a pouca conexão com os demais filmes da DC, concentrada basicamente no início e no fim do filme. Além disso, as muitas armas da guerreira e as poucas opções convincentes de guardá-las também são um pouco inconvenientes e questionáveis.


Pois é... quem diria que a única representante feminina da DC viria não somente para salvar o planeta, mas sim a franquia de heróis da companhia? Que esse filme tenha servido de molde para os próximos.


Nota: 9,5. Corre logo pro cinema!


Thalita Amaral

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