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Cine Pipoca! (A lenda do Tarzan e Águas rasas)


Crítica “A lenda do Tarzan” - The Legend of Tarzan


Uma viagem no tempo, diretamente para a minha infância, essa foi a impressão que tive ao olhar o cartaz promocional do filme, no saguão do cinema. Como não me empolgar? Recontar e filmar a lenda do Tarzan me fez mergulhar em um universo de possibilidades. O meu primeiro contato com a lenda do Tarzan foi o filme produzido pela Disney em 1999. Aí você se pergunta, mas era um desenho infantil? Sim. Entretanto, para uma jovem da década de 90, sem acesso a internet, era o que nos permitia sonhar e chegar mais próximo da magia da Disney. Ah e eu tinha um bonequinho do Tarzan (não brinca?!) e até pouco tempo atrás eu ainda o guardava. Dezessete anos depois, a lenda do Tarzan iria ser contada e gravada por atores reais. E que cartaz, trailer de tirar o fôlego, caraca, uma palavra resume tudo, "ansiosa" para ver o resultado. Afinal, hoje temos tecnologia suficiente para criar um ambiente cinematográfico incrível.


Visualmente acertaram na escolha dos personagens, lembrando que o meu parâmetro de comparação é a minha infância. O trailer conseguiu resumir o filme em 2 minutos, foram imagens escolhidas a dedo para atrair o público as fileiras do cinema. Para uma questão promocional, eles acertaram em cheio, até o meu pai queria assistir o filme. Ambientado na década de 30, abordando os equívocos da adoção do conceito de civilização, ocupação do Congo na África, extração de diamante, tribos, Londres e a efervescência do processo industrial, "fechou", amei.


Fiquei satisfeita com o resultado do filme? Não. Esperava mais do diretor, mais do protagonista, mais ação, e sim, tiro, porrada e bomba, literalmente. A impressão que tive é que os produtores deixaram lacunas enormes para serem preenchidas, como se todos já soubessem da história do Tarzan. Lógico que fazer um processo descritivo a todo momento da narração ficaria muito pesado, mas iniciar já com ele sendo diplomático e com um ressentimento muito forte pela perda de um filho, foi muito abrupto. Faltou coerência narrativa. Pela sinopse, não fugiu ao proposto, mas para entretenimento, eu poderia resumir o filme apenas no trailer e só.

Carol Stussi



Crítica “Águas Rasas” - The Shallows


Antes de assistir um filme, as pessoas tendem a seguir alguns critérios. No meu caso, observo uma série de quesitos, dentre eles se o trailer é atrativo, se existe algum artista que eu admire, se a temática é interessante, ou as vezes sigo simplesmente a indicação de um amigo. Enfim, os motivos que me levaram a sala de cinema para assistir “Águas rasas”, foram os dois primeiros. O trailer consegue nos dar aquele frio na barriga e a Blake Lively, que interpreta a protagonista Nancy (famosa pela série Gossip Girl), me impressionou com seu trabalho em “A incrível história de Adeline”, o que me fez decidir por ver o filme.


O filme conta a história de uma jovem estudante de medicina, Nancy, que vai para uma praia isolada surfar. Foco na palavra “isolada”, pois isso dará enredo e fará toda diferença no filme. A surfista é atacada por um tubarão branco, mas, por sorte consegue se abrigar em um recife de coral, exposto pela baixa da maré. O filme segue, portanto, mostrando a odisseia de Nancy para se salvar, visto que ela tem pouco tempo até a maré subir e sumir com seu refúgio temporário e a praia é um tanto quanto secreta, ou seja, ela não tem muito a quem recorrer para ser salva.


Vendo assim, se imagina que o filme vai cair na mesmice. Mas não, nos deparamos com um drama. Existem motivos pessoais que levam Nancy até a praia. Nos aproximamos da vida pessoal da personagem, seus dilemas. O quase monólogo do filme, exalta as qualidades de Blake como atriz e nos faz torcer até mesmo por uma ave, que se torna o “Wilson” deste filme (lembram do Náugrafo?). Nos deparamos, também com o suspense eletrizante. As cenas nos passam adrenalina, ansiedade, nos prendem durante vários momentos (minha mãe, que foi comigo ao cinema, quase teve um troço).


Do ponto de vista dos efeitos especiais, o filme não deixa a desejar, as cenas são críveis. Contudo, como nada na vida é perfeito, acho que talvez o pecado do filme seja fugir um pouco da realidade de um predador como o tubarão branco. Colocam novamente, a espécie como se fosse uma máquina de matar seres humanos e sabemos que não é bem assim (inclusive seres humanos são indigestos para esses animais). Não vou me aprofundar nisso, para não dar spoilers, contudo na área em que se passa o filme, o tubarão tinha oferta melhor de comida.


O desfecho da história também teve a clássica “forçadinha de barra”, porém não desmerece o filme e faz com ele seja uma boa opção cine pipoca. Indico como bom passatempo!



Thalita Amaral


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