Lançamento da semana: Doutor Estranho (Sem spoilers)!
- Thalita Amaral
- 6 de nov. de 2016
- 3 min de leitura

Filmes da Marvel sempre me empolgam! São meses de expectativa, acompanhando teasers e trailers. Chega nos cinemas: Doutor Estranho (Doctor Stranger). Confesso que não sou especialista no mundos dos HQs, e que cheguei praticamente às cegas para assistir o filme. Todo meu conhecimento pretérito sobre o herói da vez, vinha exclusivamente do material de lançamento do filme.
A primeira coisa que nos deparamos no filme é com o fato de que o nome “Doutor”, vem de fato de um título de doutorado e “Estranho” vem de seu sobrenome traduzido ao pé da letra, Stranger. O personagem central, Stephen Stranger, interpretado por Benedict Cuberbatch (conhecido pela série Sherlock e o filme O Jogo da Imitação), é um renomado neurocirurgião com doutorado na área, com uma personalidade peculiar (imagina o irmão gêmeo sem alma do Tony Stark). Um homem talentoso na sua profissão, contudo regado por soberba, vaidade e arrogância.
Stranger sofre um acidente automobilístico (cena muuuuuuito bem feita por sinal) e fica com sequelas que o impedem de desempenhar sua profissão, o levando a viajar para Kathmandu, Nepal, em busca de uma forma “alternativa” de cura.
Um dos pontos positivos do filme é nos depararmos com um cenário diferenciado para o universo Marvel. Entramos literalmente em um cenário mais mágico e vamos acompanhando o treinamento de Stranger e seu amadurecimento pessoal. Os trajes são um pouco no estilo O último mestre do ar/ Avatar, o que gerou certos murmurinhos no cinema.
Em geral, os filmes da Marvel têm sempre uma “mocinha”. Esta foi a vez de Rachel McAdams, interpretando a médica Christine Palmer. Eu, particularmente, comemorei ao vê-la no filme, pois a considero uma super atriz. E, apesar de não aparecer com a frequência merecida no filme, ela dá uma suavizada à trama.
A carga de humor não falta ao filme, característica esta típica da Marvel (que a DC tenta imitar, mas não consegue rs). O “timing” para piadas é muito preciso, como sempre. Benedict, convence como o Doutor Estranho, sendo uma escolha acertada, bem como a maioria dos personagens. Me atrevo a dizer que houve uma única exceção: Tilda Swinton, que interpretou a Anciã. Achei um pouco caricata e muito “pastelona” para seu tamanho poder (fora que esta era sem dúvida a imitação do Aang).
Mas por que Doutor Estranho não vai deixar tantas marcas, como Guardiões da Galáxia? O que faz de Doutor Estranho um filme nota 8,0?
Por ser um filme que envolve magias, multiuniversos, planos, vemos uma enxurrada de efeitos especiais, que talvez por estarem presentes em excesso tenham acabado por estarem mais propensos a falhas. Por muitas vezes, me sentia no filme A Origem, só faltou o Leonardo Dicaprio aparecer. As cenas relacionadas ao plano astral, chegaram a me incomodar, com o elevado uso de computação gráfica. A viagem dele pelas “coloridas dimensões” também destoaram, do ponto de vista crítico, fazendo jus a turma que prefere o “dark” imposto pela DC. O meio do filme foi bastante teórico, buscando introduzir esse novo mundo místico, contudo acho que poderia ser mais explorada a ação e a relação pessoal entre Stranger e Palmer.
Se atentem, que o filme possui duas cenas pós-crédito. Ambas nos dão indicativos precisos sobre futuros filmes da Marvel.
Com mais pós do que contras, portanto, indico o filme. Assistam Doutor Estranho e se possível em 3D, porque dá um tempero especial aos feitiços!
Avaliação: Bom (vale o investimento de tempo).
Thalita Amaral
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