Stranger Things - 1980's na veia!
- Thalita Amaral
- 9 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

Começo a escrever este texto, ao som de uma música emblemática nessa história. Sempre que tocar "Should I stay or should I go", sucesso da banda The Clash, lembrarei dessa querida surpresa: Stranger Things. Assim como a música remete à série, você nunca mais olhará para as luzinhas natalinas da mesma forma.
Stranger Things é uma série distribuída pelo Netflix, que se passa na década de 1980, e esse talvez é um dos seus principais pontos positivos. É muito legal observar inúmeras referências à nossa infância, tanto com relação às músicas da época, como ao figurino, fotografia, cenários, tudo. Inferências que mexem com algo profundo e nostálgico, que estava adormecido dentro de nós.
Envolver ficção científica, terror e crianças tem tudo para dar errado, ou ficar próximo a um estilo trash. Mas, definitivamente isso não acontece com Stranger Things. Pra começar eu gostaria de saber, sinceramente, como eles fazem para encontrar tantas crianças de talento por metro quadrado. Falo isso, porque no Brasil, já cansei de ver novelas com crianças sem um pingo de talento. Palmas para a seleção de elenco!
Vamos então ao que interessa. A história gira em torno de um grupo de amigos. Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarzzo), Lucas (Caleb Mclaughlin) e Will (Noah Schnapp) são aqueles clássicos personagens, bem ao estilo Goonies, que jogam seu RPG, sem prejudicar ninguém. Rotulados como nerds na escola, sofrendo bullying diariamente, no auge dos seus 12 anos, começam sua aventura com o misterioso desaparecimento de Will.
A partir daí, as buscas se iniciam, e diferentes núcleos se formam na trama. Os próprios amigos começam a procurá-lo, usando as clássicas bicicletas da época, aqueles walkie talkie inesquecíveis e enormes, estilingues, pedras e afins. A polícia local também começa os trabalhos, entrando em cena um dos protagonistas adultos, interpretado por David Harbour, o incomum Jim Hopper. Xerife local, a princípio se envolve apenas superficialmente com o caso, mas aos poucos vai esmiuçando e participando de maneira mais direta da trama. A diva Winona Ryder também tem participação marcante na história. Ela é a mãe de Will, Joyce, que procura desesperadamente por ele, a ponto de buscar meios pouco convencionais para atingir seu objetivo.
O sobrenatural envereda a história, e tem sua consolidação com a entrada de mais uma personagem, Eleven (11), interpretada por Millie Bobby Brown (atenção a esse nome, essa atriz tem tudo pra ser um fenômeno). Temos ainda alguns adolescentes na trama que colocam um temperinho, em especial nas questões românticas, que para o público feminino, são essenciais no funcionamento de qualquer enredo. Você não verá aqueles personagens clichês, clássicos, bonitinhos, sem defeitos, inatingíveis. São de fato pessoas comuns, com os dilemas de sua faixa etária, com as quais nos identificamos.
A série é bastante eclética, agradando, como diz o ditado, a gregos e troianos. Uma temporada bastante compacta, 8 episódios, realmente com o objetivo de reconhecimento do público e demandas. Devido ao sucesso, a segunda temporada já está sendo gravada. Ou seja, não perca tempo, assista! O mundo invertido está logo ali!
Thalita Amaral
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