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The Last Kingdom

  • Carol Stussi
  • 9 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura


Criado entre os inimigos de seu pai, amado como se sua vida fosse ligada a deles, visto como ameaça e tendo conquistado a confiança por sua bravura. Uhtred (Alexander Dreymon), de uma infância roubada, para uma juventude forjada entre as intempéries da vida. Forte, imaturo e leal aos seus ideais, ele é determinado e destinado a coisas grandiosas.


Para os apaixonados por história, como eu, assistir os primeiros episódios da série significa vislumbrar os livros medievais, agora narrados não por um monólogo, no qual eu sou o artista em cena, mas ver e ouvir um pouco daquilo que sua imaginação nem sempre consegue dar vida. Repleto de tramas, reviravoltas, fé, batalhas e sofreguidão, The Last Kingdom é instigante.


A série é baseada nas Crônicas Saxônicas de Bernard Corwell. A adaptação traz a história dos reinos saxões e os povos vikings, esse misto de culturas se entrelaçam, não só as histórias, mas algo que me deixou extremamente curiosa foi o fato do imaginário saltar em direção ao mundo real. Personagens reais e fictícios dividem cena e colocam uma reflexão sobre fé e poder. Filho de um saxão, contudo criado entre os dinamarqueses, forjado entre os costumes ditos pagãos, herdeiro legítimo do seu pai, direito garantido por hereditariedade, mas esquecido pelos seus. Sua vida é marcada por tragédias familiares, assim como tantos outros personagens, entretanto sem esmorecer ele caminha, simplesmente segue. Uhtred, durante a primeira temporada, parte em busca de amadurecimento, reconhecimento, afirmação e por suas origens. Um caminho doloroso, cheio de inimigos, barreiras e provações.


Sem saber o que seu futuro lhe aguarda, o jovem rapaz, traça um caminho conflituoso e muitas vezes arriscado entre duas culturas que se opõem. Inimigo de muitos, astuto, imaturo e determinado, ele sabe o quer, porém precisa construir o seu legado. Do zero, o jovem rapaz busca afirmação em um mundo desconhecido por ele, e que por direito deveria o pertencer. Lutando pela vida, construindo e desconstruindo suas convicções, ele não pode olhar para trás, somente seguir em frente. Seu presente segue rumo ao encontro de seu passado, personificado em seu futuro.


Devo assistir? Sim, assista. Uma história rica em detalhes, que nos leva a sair a procura de informações sobre os séculos IX e X, sobre personagens e rumores, sobre religiosidade e seus conflitos. Cristianismo e paganismo colidem a todo momento, nos dando uma ideia de como era aquela época. Uma série com belas paisagens, boas atuações e conteúdo, confiram. Segunda temporada confirmada agora com a coprodução do Netflix.


Carol Stussi


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