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Crítica - Horizonte Profundo: Desastre no Golfo.

  • Thalita Amaral
  • 16 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura


No último fim de semana, estreou o filme “Horizonte Profundo: Desastre no Golfo (DeepWater Horizon)”. O filme relata a história real da tragédia, que ocorreu em 2010, na plataforma que dá nome ao filme, localizada no Golfo do México (Estados Unidos). Esse desastre levou a morte 12 pessoas, além de ter deixado muitos feridos.


Filmes de catástrofe, quando baseados em histórias reais, não trazem grandes surpresas. Se você é um mínimo antenado nas notícias do dia a dia, tem noção básica do que aconteceu no acidente. Pode até não lembrar detalhes, mas tem uma vaga ideia do acontecido. Logo, cabe aos idealizadores buscarem formas de despertar seu interesse, prender sua atenção, trazendo novidades. Em geral, a melhor forma de fazer isso é mostrar detalhes que não foram expostos na mídia, dar um show de efeitos especiais e também escolher artistas que te emocionem, uma vez que toda catástrofe está aliada a momentos de forte drama.


A trama traz vários artistas conhecidos. O personagem central, Mike Willians, interpretado por Mark Wahlberg, que também assina a produção, é um pai de família e engenheiro trabalhando offshore. Sua esposa é Felicia Willians, interpretada por Kate Hudson. Temos ainda Kurt Russel (essse eu não via há tempos), interpretando Jimmy Harrel, um dos responsáveis pela perfuração na área, além de outro conhecido do público, John Malkovich, como Donald Vidrine, um dos executivos da BP, empresa responsável por operar a plataforma pertencente à Transocean.


Um dos desafios do filme, sem dúvida, é tentar fazer com que leigos tenham um mínimo de entendimento de como funciona uma plataforma, seu objetivo e dia a dia. Se eles conseguem atingir o objetivo? Pouco. É possível compreender que houve negligência, falha humana, entretanto o procedimento em si, fica um pouco confuso, as explicações físicas e químicas para o ocorrido ficam nebulosas para os “amadores” no assunto.


O segundo desafio do filme é o desastre em si. Acidentes em plataforma envolvem explosões em cadeia, então fica difícil de aliar diálogos a cenários de muito fogo, poluição visual e sonora, de forma realista. Nesse ponto, achei que o filme conseguiu equilibrar bem. Desenvolveu os personagens antes e depois deixou a ação rolar.


Há alguns anos, quando ainda trabalhava como bióloga, tive a oportunidade de fazer o curso básico de segurança em plataforma (salvatagem). Nesse curso, fomos apresentados a este acidente em questão, as principais falhas e somos ensinados a como nos comportar em situações de emergência, procurando sempre permanecer na plataforma o máximo de tempo possível. Achei o filme bem fiel, efeitos especiais em dia e nos leva à reflexão de como o ser humano comete erros por ganância.


O drama poderia ter sido mais explorado. Kate Hudson foi pouco utilizada, estava bem, teria dado conta do recado. Destaco a atuação de Kurt Russel, que pra mim foi o melhor em cena. Mark, tenta, contudo não faz uma atuação memorável. Mais um protagonista que cairá no esquecimento.


Em resumo, o filme não fica muito acima da média, mas cumpre o esperado para filmes do gênero. É uma opção de divertimento, já que os grandes lançamentos estão previstos para o fim do mês.



Avaliação: 7,5 (veja no cinema, caso não tenha opção melhor).

Thalita Amaral

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