top of page

Lançamento da semana: A Chegada (sem spoilers).

  • Thalita Amaral
  • 26 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura


Raramente faço isso, mas não consigo me conter. Já iniciarei o texto elogiando. A Chegada (Arrival) é simplesmente excelente! Saí da sala de cinema em ÊXTASE. Ouso dizer que é a melhor ficção científica desde A Origem (Inception) de Christopher Nolan. E digo ainda mais, é o melhor filme de temática extraterrestre, desde Contato, filme de 1997 estrelado por Jodie Foster.


Alienígenas sempre foram campeões de bilheteria. Um assunto instigante, curioso, que traz à tona uma das maiores dúvidas da humanidade: estamos ou não sozinhos no universo? Com o excesso de filmes sobre a temática, tornam-se escassas as opções de abordagens e os filmes passam a ser extremamente repetitivos e previsíveis, o que gera uma desconfiança por parte do expectador. A Chegada, filme dirigido pelo cineasta canadense Denis Villeneuve, conhecido por filmes como Sicario e Os Suspeitos, e com roteiro de Eric Heisserer (Quando as luzes se apagam) dá frescor e novos rumos às ficções envolvendo ETs.


O filme, como o próprio nome diz, mostra 12 óvnis que chegam ao planeta Terra e se espalham por diferentes países. As naves chamam atenção por sua forma, revelada já no trailer e cartazes promocionais, que é semelhante à de uma concha ou cápsula posicionada verticalmente, ou seja, de modo diferente do difundido no imaginário popular. A partir daí, as diferentes nações do planeta se mobilizam em busca de comunicação com “quem” ou “o quê” está no interior desses objetos não identificados. É aí que entra a personagem de Amy Adams, Dra. Louise Banks, uma especialista em linguística, que é convocada pelos militares para tentar um primeiro contato com os extraterrestres. Jeremy Renner interpreta o matemático Ian Donnely que, em parceria com Louise, coloca sua visão científica de modo a auxiliar o governo americano na compreensão das informações adquiridas no contato. Inicia-se então uma luta contra o tempo para se decifrar a linguagem extraterrestre, e sobretudo conseguir compreender o objetivo daquela civilização na Terra.


A trama se desenvolve de uma forma totalmente diferente da convencional, não havendo a típica “enrolação”. Tudo é coeso, objetivo e útil. A progressão da história é precisa e bem-sucedida. Diferente de outros filmes do estilo, que se preocupam com ação a todo momento, explosões e afins, A Chegada não teme focar a parte científica, que mesmo sendo complexa, não tornou o filme cansativo, uma vez que o autor conseguiu equilibrar bem o peso de tantas informações com cenas mostrando a vida da protagonista e seus dilemas familiares.


Ao longo do filme somos expostos à tensão da dúvida: os invasores são ou não uma ameaça. Começamos a criar hipóteses e então o filme surpreende, traçando conexões inimagináveis. A Chegada é aquele tipo de filme que você agradece por ter tido a oportunidade de assistir. Uma visão totalmente única, uma obra que desafia o nosso intelecto.


Apesar de conter alguns coadjuvantes, como Forest Whitaker, interpretando Coronel Weber, que sempre arrasa, o filme é de Amy Adams. Uma escolha simplesmente perfeita para o papel. Uma das melhores atrizes de sua geração, sem dúvida. Jeremy Renner faz bem sua parte, sem excessos, representando bem o típico cara das exatas. Algumas pessoas estão comentando que A Chegada é o novo Interestelar. Apesar de ambos serem ficção e envolverem espaço-tempo, uma coisa diferencia os dois: A Chegada deu certo!


A vontade de gritar Spoilers para esse filme é enorme. Se tivessem me filmado na sala de cinema, com certeza me veriam de boca aberta. As premiações em Hollywood tendem a ser preconceituosas com o segmento ficção, mas espero que a justiça seja feita e vejamos esse filme ser indicado a alguma categoria. Merecimento existe. Só posso terminar dizendo: ASSISTAM! JÁ!


Excelente: 9,5 (corre para o cinema!)


Thalita Amaral

Comentarios


Follow us
  • Facebook Basic Black
Posts recentes
bottom of page