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Adele, artista do ano: minha playlist hoje é dedicada a você.

  • Carol Stussi
  • 18 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura


A primeira música que você aprendeu a tocar, aquele artista que inspirou suas escolhas ou aquela música que te permitiu sonhar. Todos nós temos as nossas inspirações. Qual é a sua? Quando era jovem, eu queria ser como Alanis Morissette em Jagged Little Pill. O álbum continha letras fortes, falando de sentimentos que nos consomem. Esse foi o primeiro CD que eu ganhei e ouvi como se fosse o ar que eu respirava. Anônimos ou superstars, todos nós somos movidos por sons, palavras e lembranças. Ao som de Etta James, vamos tentar falar de Adele. 2016 foi ano dela – e que ano!


Adele, em 2016, foi eleita pela Billboard como artista do ano. Na 36ª edição do Billboard Music Awards, a artista levou nada menos que cinco prêmios, dentre eles melhor artista e melhor álbum. Por sua vez, no Brit Awards levou quatro prêmios nas categorias de melhor artista, melhor single, melhor álbum e sucesso global. Foi coroada ainda pela BBC Music Awards como dona do melhor álbum e da melhor canção do ano. No meio do ano ela ganhou o prêmio de Compositora do Ano na premiação Ivor Novello e para completar, finalizando seu bem-sucedido 2016, sua participação no quadro Carpool Karaoke do programa Late Show apresentado por James Corden, foi considerado o vídeo do YouTube mais visto no mundo, com mais de 130 milhões de visualizações. Eu assisti pelo menos 2 vezes e é muito legal. Imagina uma artista acessível, comum e imprevisível: essa é Adele. Engana-se quem pensa que suas premiações são recentes, fruto somente do álbum "25" e da belíssima canção Hello. A artista coleciona diversos prêmios e até mesmo já detém um recorde. Adele em seu álbum "21" alcançou a marca de 31 milhões cópias vendidas e ele também se tornou o álbum a ficar mais tempo em 1º lugar na Billboard e por isso entrou para o livro dos recordes.


Agora vamos percorrer o caminho inverso. Todos conhecemos suas músicas, então vamos descobrir suas inspirações. Já adianto que o estilo musical de Adele foi inspirado por duas grandes artistas: Ella Fitzgerald e Etta James. "Lady Ella", como era chamada Ella Fitzgerald, foi uma cantora da década de 1950 que abusava das vocalizações e do piano. Um som aveludado de um jazz de primeira qualidade. Não é à toa que foi reconhecida como a primeira-dama da canção e “Queen of Jazz” (Rainha do Jazz). Adele com certeza bebeu dessa fonte, é só você ouvir Summertime de Ella Fitzgerald que você reconhece o estilo. A suavidade e a potência da voz, a escolha do penteado e a instrumentação da música, com certeza "Lady Ella" deixou profundas marcas em Adele. Não se engane, inspirar não é copiar. A inspiração representa nossas raízes, como cicatrizes que revelam o que somos.


A outra influência, Etta James foi cantora de jazz, blues, R&B, soul e música gospel da década de 1960. Ouça, você não irá se arrepender. Uma voz firme e uma música poderosa. Ótimas escolhas que, sem dúvida, contribuíram para a formação musical de Adele. Hoje, Adele retoma esse som forte, cujo pilar é a voz, que fala por si só. Uma música que não precisa de nada além, basta um microfone para você se render. Assim como as artistas da década de 1950 e 1960, Adele é uma chama que arde sem doer, é a voz do século XXI.


Não é preciso muito para se apaixonar pela artista, basta ouvir. Adele lançou três álbuns: "19” (2008), "21" (2011) e "25" (2015). Eles compõem sua discografia e são obras-primas. Minhas canções preferidas, se é que é possível escolher apenas uma por álbum, são, respectivamente, Hometown Glory, Turning Tables e Send My Love (To Your New Lover). Quando eu estou dirigindo ou cozinhando e minha playlist toca uma dessas músicas, eu me transporto. É como se eu pudesse sentir a música pulsar. Sua voz toma conta do espaço e me convida a cantar com toda energia que eu tiver. Adele sem dúvida é a artista do ano, por reinventar um estilo, por ser uma voz que dispensa shows pirotécnicos ou dançarinos, por ser autêntica naquilo que se propõe.


Por que ouvi-la? Eu ouço porque ela me causa comoção. Suas letras me fazem sentir como se tudo fosse familiar, me mostra uma suavidade e verdade que poucos artistas podem expressar. Soa como estar de volta a um lugar que sempre foi meu ou retomar a direção de algo que se perdeu.

Carol Stussi

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