Dica de série: Homeland.
- Thalita Amaral
- 24 de dez. de 2016
- 2 min de leitura

Se você está à procura de uma série de ação, aqui segue a dica: Homeland. Baseada na série israelense Hatufim e produzida pela Fox, o sitcom é transmitido pela emissora Showtime, nos Estados Unidos, e pelo canal a cabo FX. No Brasil, a Rede Globo exibiu a série com o nome de Segurança Nacional (essas traduções me matam...).
A história gira em torno de uma agente da CIA, Carrie Mathinson, interpretada pela talentosíssima Claire Danes, que durante uma missão no Iraque é avisada por uma fonte acerca da existência de um traidor, um prisioneiro de guerra americano que estaria agora trabalhando para a Al-Qaeda. Pouco tempo depois de receber tal informação, um sargento dos Fuzileiros Navais, Nicholas Brody (Damien Lewis) é resgatado pelas forças americanas e a agente passa a tê-lo como o principal suspeito. A trama se desenvolve com Carrie investigando e acompanhando passo a passo o sargento Brody, ainda que ele seja visto como herói pelo governo dos Estados Unidos, de modo a evitar um possível atentado terrorista em território americano.
Além de muita ação e espionagem, também somos expostos a inúmeros dramas familiares. Carrie sofre de transtorno bipolar, o que a coloca em conflito muitas vezes consigo mesma. Nicholas Brody convive com seus traumas, visto que foi prisioneiro durante oito anos em Bagdá e isso reflete diretamente no convívio com sua esposa e dois filhos, que já haviam se acostumado com sua ausência e tocado suas vidas.
Homeland tem cinco temporadas de 12 episódios cada uma. Aclamada pela crítica, teve seu lançamento em 2011 e já rendeu alguns prêmios, em especial o de melhor atriz para Claire Danes e melhor série de drama. A sexta temporada já tem data de estreia e mais duas temporadas já foram encomendadas.
O que impressiona em Homeland? Para começar, o roteiro é bem escrito e consegue mesclar ficção e realidade. O combate ao terrorismo e suas nuances são abordados de forma extremamente realista. Vemos como funciona a dinâmica de perseguição a líderes terroristas, bem como os impasses políticos e interesses econômicos inerentes ao processo. As interpretações também impressionam. Claire Danes dá um show, juntamente a Damien Lewis. Outros coadjuvantes também oferecem ótimo pano de fundo, como Mandy Patinkin que interpreta Saul Berenson, um dos agentes que ajuda Claire na investigação. Os efeitos especiais também são de chamar atenção. Cenários de guerra, explosões, bem como as tomadas realizadas no Oriente Médio, não deixam a desejar, sendo comparáveis a filmes de alto orçamento.
As três primeiras temporadas são de extrema qualidade de roteiro e desenvolvimento e dão fim a um ciclo temático. Contudo, há uma queda visível na quarta temporada, que apresenta uma história “paralela”. É fato que a profissão de Carrie e sua vida pessoal possibilitem inúmeras tramas. Entretanto vamos torcer para que a FOX saiba a hora de parar. Vemos uma melhora temática na quinta temporada, a partir do envolvimento de situações reais ao contexto da trama, como os atentados mais recentes ocorridos na Europa. Agora nos resta aguardar a sexta temporada que vem por aí. Considerando todas as temporadas, com seus altos e baixos, minha nota para série é 8,5.
As quatro primeiras temporadas se encontram disponíveis na Netflix. A sexta temporada terá sua estreia em 16 de janeiro de 2017 no Showtime.
Thalita Amaral
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