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Crítica: Minha Mãe É Uma Peça 2.

  • Thalita Amaral
  • 2 de jan. de 2017
  • 2 min de leitura


Filme brasileiro? Isso mesmo. Quem me conhece sabe que será raro encontrar críticas de filmes brasileiros por aqui, pois no momento são poucos os trabalhos que me atraem no cinema nacional. Mas não se preocupem, isso absolutamente tende a mudar. Enxergo avanços tanto de temática, quanto do ponto de vista técnico, logo acredito que em breve minha desconfiança com os filmes brasileiros deve acabar.


O que me atraiu no filme Minha Mãe É Uma Peça 2 foi, definitivamente, Paulo Gustavo. O ator é, de longe, o melhor humorista brasileiro da atualidade. Consegue carregar um filme nas costas e faz piada de coisas triviais de uma maneira que me faz realmente gargalhar.


A história, que é inspirada na mãe do humorista, mostra novamente dona Hermínia (Paulo Gustavo), agora como apresentadora de TV de sucesso. Ela tem um programa em que aconselha as mães de todo o Brasil e na verdade procura responder seus próprios questionamentos. A trama se desenvolve sobre um pano de fundo bem superficial, sem uma motivação concreta. Basicamente, tudo gira em torno da saída dos filhos de Dona Hermínia de casa, que procuram autonomia, seus próprios empregos, se desgarrar das “asas da mãe”. Marcelina, interpretada novamente por Mariana Xavier, quer seguir carreira de atriz, ao passo que Juliano, interpretado por Rodrigo Pandolfo, conclui a faculdade mas ainda está desempregado e ainda declara não ser mais homossexual, para a loucura de sua mãe. Em um contexto paralelo da história, temos ainda a tia de Hermínia que sofre de uma doença degenerativa, o que coloca um pouco de “drama” ao filme, se isso é possível.


O que falta para a comédia brasileira? Um texto mais sólido que não dependa exclusivamente de piadas soltas. O que faz o filme ser sucesso? O dom de Paulo Gustavo em fazer graça a partir de coisas simples. Um ator ruim, sem viés cômico, colocaria tudo a perder. É legal salientar que se pensarmos em um panorama mais amplo, há tempos não são lançadas grandes comédias no cenário mundial. Dessa forma, surge uma grande oportunidade para a comédia brasileira se apropriar dessa lacuna e quem sabe explorar rumos mercadológicos mais amplos. E segue uma dica para o cinema brasileiro de modo geral: APRENDAM A FAZER TRAILERS! Minha Mãe É Uma Peça 2 poderia ser ainda melhor, se em seu trailer não fossem reveladas muitas das principais piadas do filme. Trailers longos e muito reveladores podem afundar um filme!


Ainda que com alguns problemas, indico Minha Mãe É Uma Peça 2. É um filme familiar, divertido, que combina com o espírito das férias. Torço para que haja uma continuação, o que é bem provável dado o sucesso de bilheteria. Seria bem interessante ver Dona Hermínia aprontar no estrangeiro e acharia legal explorar o entrosamento dela com suas irmãs Iesa (Alexandra Richter) e Lucia Helena (Patrycia Travassos) que mostraram uma boa atuação no decorrer do longa.


Nota: 8,0 (fui boazinha, espírito de ano novo rs).


Thalita Amaral

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