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Crítica: Westworld, série da HBO.

  • Thalita Amaral​ ​​ ​​ ​​ ​
  • 12 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura


De todas as séries estreadas no ano de 2016, uma das mais comentadas, sem dúvida, foi Westworld. A começar pelo seu elenco recheado por grandes estrelas de Hollywood, como Anthony Hopkins e Ed Harris. Seguida do fato de ser desenvolvida por Jonathan Nolan, irmão de Cristopher Nolan, com quem colaborou em inúmeros projetos, entre eles Batman – O Cavaleiro das Trevas. E, sobretudo, por ser uma série da HBO, que é uma das emissoras mais respeitáveis por suas produções, na atualidade. Ahhhh, o Rodrigo Santoro participa, ou seja, eu tinha que dar uma olhada no trabalho do nosso “divo” brasileiro.


Com todos esses ingredientes, obviamente não poderia deixar de conferir essa série já vencedora de vários prêmios. A história mostra um futuro onde a tecnologia se encontra demasiadamente avançada, a ponto de ser possível a criação de androides, chamados na história de anfitriões, extremamente semelhantes a seres humanos. Tais androides são personagens de um grande empreendimento, um parque temático que dá nome à série: Westworld. O parque é na verdade uma simulação perfeita do Velho Oeste e contém uma narrativa que possibilita a seus visitantes, pessoas riquíssimas, passarem por aventuras e situações sem serem limitados por regras ou leis do mundo real. As coisas começam, no entanto, a sair do controle quando alguns androides começam a se tornar autoconscientes.


Quando assisti o primeiro episódio da série, pensei em abandoná-la instantaneamente. Descrevo-o como complexo e confuso. Ingredientes arriscados para uma estreia, mas a HBO resolveu encarar os riscos. Assim como a emissora, me arrisquei e vi o segundo episódio. A confusão aos poucos foi desfeita, as principais dúvidas sanadas. Consegui acompanhar o episódio normalmente (ufa!). Chegando ao fim da série tirei algumas conclusões. Westworld não é uma série a ser maratonada. É como uma obra de arte, nem todos vão enxergar da mesma forma. Uns vão se cansar, uns precisarão de um tempo a mais, outros a menos. Inclusive, me arrisco a dizer que Westworld é uma série celetista, para um público bem específico. Eu, particularmente, sou mais adepta de séries capazes de atingir a massa. Gosto de mistérios e reviravoltas, contudo sinto que houve uma necessidade excessiva de tornar tudo muito complicado, o que tornou a trama desinteressante em alguns episódios. Um exemplo disso é o “labirinto” mencionado na trama.


As locações e efeitos visuais são de tirar o fôlego, assim como as atuações que são simplesmente brilhantes. Quem rouba a cena, pra mim, não é a protagonista, mas sim a coadjuvante. Thandie Newton interpreta a androide Maeve e consegue arrebatar tudo pra si, quando em cena. Evan Rachel Wood, a protagonista, que interpreta uma também androide, Dolores, executa muito bem seu papel, mas acaba um pouco ofuscada pelo talento de Thandie. Rodrigo Santoro aparece muito pouco no decorrer da série, se destacando mais nos dois últimos episódios, o que é uma pena. Não podemos esquecer de James Marsden. Ele, conhecido pelos seus inúmeros mocinhos, como o Ciclope de X-Men, bem como seu protagonista em Vestida para Casar, parece ter uma força que o atrai sempre para papéis “pastelões”. Na série ele interpreta Teddy, um androide bem no estilo mocinho, salvador, disposto sempre a morrer. Ed Harris, interpreta um dos humanos da série, com seu jeito sombrio único. Anthony Hopkins, interpreta Robert Ford, o criador do parque, dos androides e da narrativa. Acho que é desnecessário até comentar sobre seu desempenho. Ele está acima de qualquer mero mortal (rs).


Fãs da série, não me apedrejem, mas Westworld não entra para minha lista de séries da vida. Acho que não curto tanto “arte” assim. Se os episódios tivessem tido o mesmo andamento dos dois últimos, acredito que tudo seria diferente. Minha nota é 7,5. Mas, minhas expectativas para a segunda temporada são elevadas, espero ainda dar uma nota altíssima para a série.


Westworld foi renovada e sua segunda temporada tem previsão de estreia para o ano de 2018. Sua primeira temporada está disponível na HBO GO e contém 10 episódios.


Thalita Amaral

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