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Aquecimento Oscar 2017: Até o Último Homem.

  • Thalita Amaral​ ​​ ​​ ​​ ​
  • 28 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura


Mel Gibson se redimiu. Seu mais novo filme, Hacksaw Ridge, que aqui no Brasil recebeu o nome de Até o Último Homem, é simplesmente uma obra-prima. Esse sim é digno da indicação ao Oscar de melhor filme.


Até o Último Homem conta a história real de Desmond Doss (Andrew Garfield), um jovem que se alista no exército americano, durante a Segunda Guerra Mundial, para servir como médico e se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas. Acompanhamos a vida de Desmond desde sua infância e todas as coisas que influenciaram sua personalidade única e pacífica. Vemos o rapaz se apaixonar por aquela que veio a ser sua esposa, Doroty Schutte (Teresa Palmer), bem como sua sofrida rotina no treinamento do exército, uma vez que sua escolha de ser Opositor Consciente não era bem-vista pelos demais soldados.


Com relação às atuações, o elenco faz um trabalho excepcional. Inicialmente, estranhei o jeito de falar excessivamente interiorano do personagem de Andrew Garfield, contudo, ao final do filme, quando assistimos cenas reais de Desmond Doss, vemos que ele realmente falava daquele jeito. Fiquei literalmente de queixo caído com a semelhança! Andrew conseguiu pegar os trejeitos de Desmond de forma muito fiel. Deu um show de interpretação e sensibilidade, o que faz sua indicação ao Oscar ser merecida. Teresa Palmer, por sua vez, é uma atriz que está ganhando espaço em Hollywood, e com razão. Dia desses, sem querer, vi dois filmes bem diferentes da atriz num mesmo dia, e ambos me agradaram: Quando as Luzes se Apagam e A Escolha. Fui surpreendida positivamente pela presença da atriz em Até o Último Homem. Apesar da sucinta aparição, ela dá conta do recado muito bem e é responsável por dar leveza à trama.


Filmes de guerra sempre apresentam muitos coadjuvantes, afinal de contas tem que ter muita gente pra nós nos apegarmos e depois vermos morrer, rs. Vince Vaughn surge como o sargento Howell de forma surpreendente. Eu que estava acostumada a vê-lo em comédias, amei presenciar ele saindo de sua “zona de conforto”. Sam Worthington interpreta o Capitão Glover e rende ao final do filme, uma das cenas mais tocantes.


Um dos ápices do filme é o conflito na serra Hacksaw, razão do nome original do longa. O conflito se passa após o ataque à Pearl Harbor e os inimigos da vez são os japoneses. Efeitos e locações são pontos fortes. Vejo a evolução do cinema a cada tiro, explosão, e ferimentos cada vez mais realistas. Confesso que não sou muito ligada a filmes de guerra, acho cansativo. Mas não senti passar as cerca de duas e horas e quarenta minutos de filme. Os eventos são muito bem distribuídos e vemos uma mistura de gêneros: tem romance, drama e ação, para todos os gostos. A guerra de fato se concentra na segunda metade do filme e dá uma lição de coragem, fé e amizade que nos emociona e nos faz repensar várias coisas. Aprendemos também que devemos mudar o nosso terrível hábito de prejulgar as pessoas.


O filme já faturou alguns prêmios na temporada e Mel Gibson também concorre ao Oscar de melhor direção. Acho que não vence, mas é muito bom saber que temos esse símbolo do cinema, que nos marcou tanto com Coração Valente e O Patriota, de volta.


Minha nota é 9,0. Vale a pena conferir no cinema!


Thalita Amaral

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