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Conjurador - O Aprendiz, Taran Matharu. Uma leitura cheia de reviravoltas.



Comecei a minha viagem de férias exatamente no dia 30 de dezembro. Mas eu começo a contar justamente a partir do dia anterior à viagem porque é nesse momento que definimos a mala. Na bagagem muita roupa. Tanta roupa, que achei que excederia o limite de peso. Entre as roupas, o secador e a maquiagem estavam dois livros. O primeiro se chama Conjurador - O Aprendiz, do autor Taran Matharu, e é com ele que começamos a viagem.


O livro é uma mistura de vários clichês, como um protagonista jovem, órfão, perseguido e que busca encontrar a si mesmo. Uma mistura de vários clássicos como O Senhor dos Anéis e Harry Potter. É um livro de fantasia que lida com a magia dentro de um universo que se encontra dividido.


A magia aqui que está centrada na habilidade de invocar e controlar demônios. O livro desmistifica a imagem comum que temos dos demônios como seres monstruosos e introduz animais com características peculiares e instigantes. Esses seres demoníacos provenientes do Eter, quando conjurados, se fundem a seus donos em um só corpo, sendo capazes de sentir e pensar como seus mestres. E serão justamente eles que terão um papel determinante para a sobrevivência de todas as espécies. Mas conjurar um demônio não é algo que qualquer pessoa possa fazer. Os conjuradores são pessoas especiais que são escolhidas por seus demônios ou agraciadas por seus pais como direito de primogenitura (herança). Transformar jovens adolescentes em magos de batalha, conjuradores e guerreiros se torna, portanto, o grande desafio do primeiro livro.


Um mundo que em um passado bem distante se viu devastado pela guerra, agora se encontrava novamente imerso na escuridão. Anões, elfos e humanos, antes divididos, diante da ameaça dos Orcs, se veem obrigados a conviver uns com os outros. Nesse universo é construído o pano de fundo para o desenrolar da história. Uma história marcada por conflitos, desigualdades sociais, discriminação, mas também amizade.


O livro acaba seguindo um padrão de escrita, que vem se demonstrando muito comum nesse tipo de história, que é a jornada do herói. A construção de um simples jovem em uma pessoa determinante e que possui uma habilidade nata para apaziguar, mediar conflitos e salvar vidas. Mas não se engane, o livro é visceral, muito empolgante e é perceptível ao longo da leitura a sua identidade própria, mesmo se assemelhando a outras obras.


No decorrer da leitura, acompanhamos Fletcher em suas aventuras e no seu treinamento na Academia Vocans, uma escola de magos. Contrariando a regra, Fletcher, um simples plebeu, órfão de 15 anos, desenvolve sozinho a capacidade de invocar um demônio. Quando tudo parecia dar errado, sua vida toma um rumo inesperado e cheio de novas possibilidades, que o levarão mais cedo ou mais tarde para o campo de batalha com um único objetivo: salvar a sua terra da devastação. Muitas pessoas passam pelo seu caminho, alguns se tornam amigos e outros inimigos declarados. A história é baseada na vida de Fletcher, mas isso não impede que histórias paralelas sejam desenhadas, como a dos anões e elfos.


O livro é muito bom, me surpreendeu e me fez procurar a sua continuação intitulada The Summoner - The Inquisition. Entretanto, infelizmente ainda não temos uma edição em português. A leitura é extremamente visual, beirando características cinematográficas. Fiquei empolgadíssima e ansiosa para continuar a minha leitura. Taran Matharu é um autor jovem e promissor. Recomendadíssimo.


Carol Stussi

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