Dos games para o cinema: Assassin's Creed.
Ouvi muitas críticas sobre o filme Assassin’s Creed. Fiz algumas ao sair da sala de cinema e li muitos comentários também. Mas o que todos concordamos é que o filme é recheado de ação e aventura. Cenas de tirar o fôlego e cenários curiosos que remontam a Idade Média.
Assassin's Creed (2016) é um filme baseado na franquia bem-sucedida de games da Ubisoft de mesmo nome. Produzido pelo ator e produtor Michael Fassbender, mais conhecido por sua atuação na franquia X-Men, como o personagem Magneto, e dirigido por Justin Kurzel, conhecido por seu trabalho em Macbeth: Ambição e Guerra (2015), o longa deu certo. Não espere uma cópia fidedigna dos jogos, mesmo porque seria preciso muito mais do que um filme para contar. Na realidade, o longa fez um trabalho a partir da ideia principal do jogo Assassin's Creed (2007), a Ubisoft e o produtor garimparam as informações básicas da história e a reescreveram.
Por ignorância, desconhecimento talvez, achei que a trama poderia se passar toda na Antiguidade. No entanto, logo fui corrigida por uma de minhas irmãs, que apaixonada por jogos, já havia jogado o game e me disse: "Eu adorei o filme, ele me lembra o jogo". E começamos a travar um diálogo sobre isso. Foi então que resolvi ler mais sobre o assunto e tentei compreender as críticas sobre o filme. Em resumo, as pessoas exageram, na maioria das vezes, por desconhecer. Alguns comentários falavam que o filme era só ação, sem lembrar em quase nada os jogos. Depois de fazer minha pesquisa, vi que a minha irmã estava certa. O que talvez destoe da história original são simplesmente os detalhes.
A história do filme está centrada na busca pela Maçã do Éden, artefato dos primórdios da civilização, que poderia conferir a quem o possuísse o poder sobre o livre-arbítrio. Assassinos e Templários, por motivos particulares, procuram ter acesso a tal item e passam anos em um embate fervoroso. O filme ambientado no século XXI, traz a busca pelo artefato, mas para isso é preciso encontrar os descendentes diretos da antiga Ordem dos Assassinos, para assim resgatar as memórias perdidas que levam ao tão almejado tesouro. Os Templários procuram então recrutar civis para esse trabalho, sem revelar sua real intenção: governar o mundo. Esses civis, descendentes diretos dos Assassinos, passam a ser submetidos a testes e a uma máquina, Animus, que permite romper o tempo e espaço. Nosso personagem principal é Callum Lynch, vivido por Michael Fassbender, que também assina a produção, um homem condenado à morte, que durante sua infância vê sua vida tomar um rumo inesperado ao ver sua mãe ser assassinada por seu pai. Ele vive errante e se torna um homem violento que, sem saber de seu passado, esconde a chave para desvendar ou preservar a humanidade.
O filme é bom e, assim como a franquia de jogos, abre caminho para continuações. Assassin's Creed é uma história que dá o que falar. Jogos, livros e agora um filme, não tem como você não ficar curioso e querer jogar o game para realmente entender a história que faz menção às Cruzadas, às execuções públicas, aos Cavaleiros Templários, cenários típicos e muito mais. Vale a pena, o filme é um bom entretenimento.
Carol Stussi