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Os amados shipps de séries.


A palavra shipp vem sendo muito utilizada nos últimos tempos pelos fãs de séries, filmes e sagas, mas nem todo mundo sabe realmente do que se trata ou como usar o termo.


Shipp é uma expressão utilizada para designar algum casal pelo qual você torce. É uma adaptação em português oriunda da palavra em inglês relationship (relacionamento). Shippar seria, portanto, o verbo, o ato de torcer por determinado casal fictício e shipper seria a designação utilizada para a pessoa que torce. Existem vários tipos de shipp, não entrarei em detalhes, mas saibam que o shipp não necessariamente deverá ser composto por personagens que formam efetivamente um casal.


O romance desde sempre movimenta grande parte dos seriados e pode ser determinante para os índices de audiência. Nem sempre alguns shipps são previstos pelos autores durante a concepção de uma temporada. A história pode ser inclusive alterada, quando o número de shippers de um casal cresce. Alguns autores, em especial aqueles que fazem roteiros adaptados de livros, não têm muito para onde correr, mas podem causar catástrofes emocionais na vida de alguns fãs. Os atores têm papel fundamental nisso, visto que a química existente entre os personagens depende diretamente de suas atuações.


Listei alguns dos meus shipps de séries favoritos. Alguns clássicos, outros polêmicos ou que foram destruídos pelos infortúnios da vida (rs).


Lost (2004) foi uma série que posso considerar a responsável direta por me inserir nesse universo do entretenimento. Um trio de personagens dividiu bastante opiniões e gerou uma disputa entre shippers. De um lado Kate (Evangeline Lilly) e Jack (Matthew Fox), do outro, Kate e Sawyer (Josh Holloway). Eu sempre torci por Kate e Jack, mas lembro de ter amigas que morriam pelo outro shipp (#euganhei).


Seth (Adam Brody) e Summer (Rachel Bilson) é outro shipp eterno. Personagens da série The O.C. (2003), mesmo não sendo os protagonistas, formaram o shipp destaque e mais popular, por serem o típico casal de opostos que se atraem, superfofos e bem-humorados.


Once upon a time é uma série ainda em andamento. No ar desde 2011, me segurou por muito tempo graças ao shipp Emma (Jennifer Morrison) e Hook (Colin O’Donoghue). Infelizmente, depois de um tempo nem isso prendeu meu interesse pela série, mas ainda pretendo voltar a assisti-la. Emma, após circular romanticamente entre alguns personagens, desenvolveu uma conexão com Hook, ainda vilão. Algo tão intenso que era impossível não shippar. O shipp foi tão forte, que duvido alguém não ter ficado feliz com a morte de Bae (Michael Raymond-James).


The 100 (2014) carrega alguns shipps polêmicos. Antes de falar do principal deles, um hábito entre os shippers é criar junções dos nomes dos personagens pelos quais torcem. O shipp Clexa, por exemplo, Clarke (Eliza Taylor) e Lexa (Alycia Debnam-Carey) movimentou intensamente as redes sociais nos últimos tempos, pois foi destruído irreversivelmente na terceira temporada da série. A comoção foi tanta, que dizem as más-línguas que uma das razões da baixa audiência da nova temporada é a sabotagem por parte dos shippers. Eu não sou uma shipper radical. Já superei Clexa e estou shippando novamente Bellarke, Bellamy (Bob Morley) e Clarke.


Como estamos falando de tragédia, vamos a mais um shipp destruído. Séries longas são sempre caixinhas de surpresas. Se apegar a um casal é algo arriscado. Os fãs de Grey’s Anatomy (2005), ainda em andamento e renovada por mais uma temporada, ainda não superaram o shipp eterno entre Meredith (Ellen Pompeo) e Derek (Patrick Dempsey). A morte do protagonista foi um verdadeiro golpe, direto na alma.


Para finalizar, um shipp polêmico. Diretamente da série How to get away with murder (2014) temos Laurel (Karla Souza) e Frank (Charlie Weber). Por que um shipp polêmico? A maior parte dos fãs da série shippam, contudo as chances do casal ficar junto parecem cada vez mais distantes. O shipp é tão intenso a ponto de desejarmos a morte de qualquer um que se aproxime desses queridos personagens.


Finalizo o texto aplaudindo os artistas por trás de cada um desses personagens. Eles fazem um trabalho tão fabuloso que criam um vínculo muito forte com a gente, a ponto de torcermos para algo fictício como se fosse real.


Thalita Amaral

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