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Dica de série: Eu, Tu e Ela (You Me Her).


Eu, Tu e Ela (You Me Her, 2016) é uma das novidades do catálogo Netflix. Criada por John Scott Shepherd e transmitida pela emissora Audience Network, a série americana mistura comédia, drama e romance e possui uma história pra lá de curiosa.


Na trama conhecemos a história de um casal que passa por problemas em seu casamento, Jack (Greg Poehler) e Emma (Rachel Blanchard). Moradores de um bairro de subúrbio com todas aquelas famílias tradicionais e detentores de carreiras profissionais bem-sucedidas, apesar de fazerem terapia de casal, a relação dos dois está cada vez mais fria e as tentativas de engravidar não têm funcionado.


Em uma tentativa de “apimentar” a relação, Jack acaba seguindo a dica de seu irmão e resolve contratar uma acompanhante por uma noite. Contudo, as coisas não saem como esperado. Jack fica completamente enfeitiçado por Izzy (Priscilla Faia). Com a consciência pesada, ele conta à esposa sobre o encontro com a acompanhante e Emma para dar o troco também contrata os serviços de Izzy e, assim como seu esposo, fica fascinada com a moça. Pouco a pouco a jovem estudante começa a entrar na vida do casal, o envolvimento emocional vai ser tornando mais forte e aquela família deixa de ser apenas um serviço para Izzy.


A ideia de relacionamento poliamoroso é sempre polêmica e rara nas séries de TV, uma vez que grande parte das pessoas apresenta uma ideologia monogâmica. Um exemplo de série que levantou discussões em torno do assunto foi Big Love, da HBO. A abordagem de Eu, Tu e Ela é leve e os três protagonistas são tão carismáticos, que até mesmo eu, que sou contrária à ideia de relações poliamorosas, torço pelos três. A história constrói pouco a pouco a relação do trio e vemos que não é apenas carnal, é algo mais forte, que os faz genuinamente felizes.


Um ponto interessante da série é o debate em torno de como a sociedade se comporta em situações como essa. As pessoas julgam, preferem se distanciar, hostilizam. Vemos como é necessário abrir mão de certas coisas, inclusive emprego e amizades, para tentar assumir um relacionamento diferente dos padrões sociais típicos. As cenas de sexo são apimentadas e questões como bissexualidade também são abordadas.


A série é, portanto, uma lição sobre escolhas. Aceitar as atitudes dos outros não quer dizer que você tem a necessidade de fazer as mesmas escolhas para si. A primeira temporada é feita de dez episódios. Mais duas temporadas foram confirmadas, e a segunda já teve sua estreia essa semana pelo canal Audience Network.


É, sem dúvida, uma boa opção de entretenimento. Assista e amplie seus horizontes.


Thalita Amaral

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