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Lançamento: Cinquenta tons mais escuros.


Filmes baseados em livros sempre atraem as atenções e uma coisa já é fato: eles nunca superam as obras literárias. Há poucos dias estreou o segundo filme da trilogia Cinquenta tons de cinza, Cinquenta tons mais escuros. Sou fã convicta da série de livros da autora E.L. James e por mais que eu não atinja a satisfação completa com os filmes, acho sempre válido assistir e traçar comparações.


Cinquenta tons mais escuros (Fifty Shades Darker, 2017) se inicia logo após Anastasia Steele (Dakota Johnson) abandonar seu conturbado relacionamento com Christian Grey (Jamie Dornan). No final do primeiro longa, ela tem uma grande decepção ao ver que sua dor causa realmente prazer em Christian e, dessa forma, conclui que os dois não têm como dar certo. Nessa sequência, no entanto, Grey decide mudar totalmente suas regras, no que concerne a seus relacionamentos amorosos, para recuperar Anastasia.


O que diferencia o segundo filme do primeiro basicamente é que agora algumas tramas paralelas aos protagonistas se desenvolvem e que conhecemos melhor o passado de Christian. Anastasia agora trabalha em uma empresa literária e seu chefe é um dos personagens que traz um pouco de aventura à história ao assediá-la. Além disso, uma das antigas submissas de Grey surge como uma ameaça à segurança de Anastasia. A atriz Kim Basinger aparece interpretando a “odiosa” Elena Lincoln, vulgo Mrs Robbinson, mulher responsável por introduzir Christian, ainda adolescente, ao mundo sádico.


Apesar do surgimento de novas tramas, o grande chamariz da franquia são as cenas de sexo e é aí que os fãs dos livros têm seu desapontamento. A classificação indicativa de 16 anos muito atrapalha, uma vez que o livro é feito para maiores de idade. Com isso, não espere ver muita coisa, ainda mais que Cinquenta tons mais escuros marca uma fase mais "baunilha" na relação dos dois. Ainda assim, alguns momentos interessantes e curiosos são os escolhidos dentre os muitos existentes no livro, destaco aqui a cena em que Christian prende Anastasia pelas pernas com um de seus curiosos equipamentos guardados no quarto vermelho.


Não espere um filme erótico, pois Cinquenta Tons é um romance. E isso vale para a série de livros também. Um romance adulto que mostra tortuosas facetas do amor e do sexo e como o passado interfere diretamente no comportamento das pessoas ao longo de suas vidas. Um verdadeiro turbilhão de emoções e traumas. O drama é mais explorado nessa sequência, o que acho que revelou algumas das fraquezas dos atores. Dakota Johnson não me convenceu muito na parte dramática, acho-a uma atriz abaixo da média na minha opinião, quase blasé. Sua personagem é de fato um pouco sem sal, tímida, mas com emoções à flor da pele, algo que a atriz não soube bem exprimir. Muito precoce um protagonismo para ela, contudo entendo a dificuldade de se achar protagonistas para filmes nesse estilo. Por sorte seu viés cômico sustentou a personagem. Jamie Dornan é mediano no drama, mas no resto compensa, para a alegria da mulherada.


Eu indico o filme, pois ele ajuda na quebra de tabus e é um romance agradável, só não espere muito, até porque o segundo é o mais fraco da série literária. Se quiser ver uma chamada do próximo filme, Cinquenta Tons de Liberdade, que tem estreia prevista para fevereiro de 2018, aguarde as cenas pós créditos.


Filme nota 7,0, aprecie com moderação e se possível veja no cinema, pois alguns comentários ouvidos na sala de cinema são impagáveis.



Thalita Amaral

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