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Lançamento da Semana: "A Bela e a Fera".



Assisti A Bela e a Fera (Beauty And The Beast) há poucas horas e não me contive, mal cheguei em casa e já corri para o computador para escrever esta crítica. Foram meses de ansiedade para enfim concretizar o desejo antigo de presenciar um remake de qualidade do meu conto de fadas favorito. Boas notícias: a espera valeu a pena. E muito!


A sinopse é conhecida, mas não custa relembrar. Bela é uma moça simples que não se “encaixa” muito bem na vila onde vive. Uma moça inteligente e destemida, diferente das demais que esbanjam superficialidade. Seu pai, em uma de suas viagens, se perde e acaba preso em uma castelo onde vive uma Fera amaldiçoada por uma feiticeira. Bela se oferece em troca de seu pai e começa a conviver com a Fera, e aos poucos descobre que por trás daquela aparência dura e hostil, há na verdade um homem delicado e encantador. E o fato clássico da história é que a maldição somente será quebrada com a existência de um amor verdadeiro e recíproco. Esse lindo conto ensina que o amor está muito além das aparências. Um clichê que ainda nos faz suspirar e que, para garotada de agora, passa uma importante mensagem.


A Bela e a Fera é simplesmente uma obra de arte, daquelas pintadas a mão, com paciência e sutileza. Perdi as contas de quantas vezes assisti à animação e, por isso, fui uma expectadora criteriosa. Começo informando aos leitores que o filme é classificado como um remake, ou seja, espera-se que ele seja uma releitura fiel ao original. Esse quesito foi cumprido com plenitude. Então não vá esperando algo diferente da animação, como em filmes como Branca de Neve e o Caçador (2012) ou Malévola (2014), que mudaram a identidade dos contos de fadas originais, não sendo considerados remakes.


Do ponto de vista técnico, cenários e figurino são simplesmente deslumbrantes, assim como a fotografia. Existe uma fidelidade incrível nas roupas utilizadas por Bela, como seu vestido casual azul e seu vestido amarelo utilizado na inesquecível dança com a Fera. Vemos as diferentes tonalidades brincarem na tela, desde o colorido e florido da vila, até a escuridão e frieza do castelo. Os efeitos visuais são bastante requeridos, visto que um número significativo de personagens é composto pelo mobiliário enfeitiçado do castelo, além é claro da Fera e alguns lobos que aparecem em cenas de ação. Nesse quesito, mais uma missão cumprida. Tenho uma sutil crítica ao 3D do filme, no entanto. Durante o longa eles apostaram em algumas cenas com panorâmica de cenário, mas com um ligeiro desfoque no fundo que confesso ter me incomodado visualmente. Dava uma impressão embaçada, persistente e desnecessária a meu ver.


Quanto ao elenco, os artistas são simplesmente formidáveis. O que dizer de Emma Watson (Bela), a eterna Hermione? Hoje ela deu um passo para deixar o estigma de uma personagem só. Passou a suavidade, a bravura e a inteligência de uma das personagens mais cativantes do universo Disney com muita qualidade. Se mostrou também uma excelente cantora, já que esse live action é em sua essência um musical. A Fera é interpretada por Dan Stevens que tem seu rosto revelado apenas no final. Apesar de se “esconder” por trás dos efeitos, ele conseguiu transmitir a dureza de espírito do personagem e seu “renascimento” para o amor. Muito me surpreendeu quando ao fim descobri que Lumière, o candelabro falante, era o Ewan McGregor e Cogsworth, o relógio falante, Ian McKellen, o eterno Gandalf. Uma das polêmicas do filme, em seu lançamento, girou em torno do primeiro personagem gay de um conto de fadas Disney, Lefou, interpretado por Josh Gad. Eu simplesmente adorei. Deu o viés cômico ao filme e foi mostrado com naturalidade, como deve ser. Palmas para Disney (#arrasou).


Devem se lembrar que eu não sou a maior fã de musicais, no entanto, para esse eu bato palmas. Foram músicas que marcaram minha infância e me empolgou ouvi-las. Foi imensamente nostálgico ouvir o clássico Beauty and the Beast com a linda dança dos dois personagens ao fundo. Já tenho vontade de assistir de novo, suspirar de novo e me emocionar mais uma vez, mesmo com cada cena já decorada em minha mente.


Já aviso que o sucesso de bilheteria da abertura do filme, já fez a Disney confirmar os próximos remakes live action. Aguardem que em breve veremos O Rei Leão, Aladin e Mulan nas telinhas. Aguenta coração!


Nota: 9,0. Recomendadíssimo!

Thalita Amaral

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