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Lançamento da Semana: "Power Rangers".


Power Rangers – O Filme teve sua estreia e eu, claro, fui conferir. Sou da época em que os Rangers eram uma febre, por volta de 1993 a 1995. Tive inclusive um daqueles bonequinhos que você virava a cabeça para fazê-lo morfar. Acompanhei desde o auge até parte da decadência desse live action televisivo, que chegou a render no passado alguns filmes, porém sem repercussão e sucesso.


O tempo passou, mas as boas lembranças ficaram. Me lembro do dia em que tive contato com o primeiro teaser do novo filme, no ano passado. Meu olhar foi de desconfiança e saudosismo. Com rapidez trailers foram sendo liberados e pouco a pouco uma segurança foi se instalando em mim. Aparentemente, a franquia seria “ressuscitada” com investimento e qualidade de fato. Corri para o cinema e posso atestar: missão cumprida.


A história conta o nascimento dos Power Rangers. Na trama, cinco adolescentes encontram em uma mina cinco moedas que os dão superpoderes. Como sempre dizem: com todo poder vem uma grande responsabilidade. Esses jovens descobrem que estão destinados a proteger a Terra de uma grande ameaça, Rita Repulsa (Elizabeth Banks), que tem como objetivo encontrar o Cristal Zeo e destruir o planeta.


No filme temos preservadas algumas características dos Rangers do seriado televisivo, como o temperamento dos personagens. Jason (Dacre Montgomery) é o ranger vermelho, o líder. Tem espírito de liderança, mas vem de um período de rebeldia. Conhece dois outros rangers na detenção escolar, devido a alguns delitos cometidos por ele. O ranger azul é Billy (RJ Cyler), que foge sutilmente do padrão da série televisiva. Billy sempre foi o inteligente da turma, mas no filme eles ampliam um pouco os horizontes e colocam o personagem como alguém incluso no espectro autista. Para mim, uma grande sacada que o torna o diferencial do filme. Kimberly é a ranger rosa (Naomi Scott) que luta contra alguns problemas pessoais e conflitos internos. Continua sendo decidida e tem aquela leve quedinha por Jason. Zack (Ludi Lin) é o ranger preto, aquele que é do contra e não curte seguir regras. Trini (Becky G.) é a ranger amarela. Antissocial inicialmente, ela dá indícios de uma possível homossexualidade, algo inédito para a franquia. Temos ainda no elenco Bryan Cranston, queridíssimo por seu papel em Breaking Bad, como Zordon na trama.


O elenco tem sintonia e funciona a contento. Não aparentam tanto serem adolescentes, como a trama prega, mas com isso já estamos acostumados. As histórias de cada um são bem típicas da faixa etária, o que cria uma relação entre o público com o seu herói. O filme tem mais de duas horas de duração. Acredito que talvez a parte introdutória pudesse ter sido reduzida. Até de fato os cinco escolhidos terem contato com Alpha e Zordon, vai praticamente metade do filme. As armaduras foram elaboradas um pouco reluzentes demais para o meu gosto, dando um aspecto colorido em excesso. Acredito que uma sobriedade nos tons, teria dado um aspecto mais interessante e impactante. Senti muuuuuita falta da fala clássica na hora de morfar: “mastodonte, pterodátilo, triceratops, tigre dente de sabre, tiranossauro!”.


Um dos pontos que achei interessante foi o fato da superforça deles ter sido explorada, mesmo quando eles estavam desprovidos de armadura, o que deu muito mais realidade ao papel de heróis que eles exerciam. Os efeitos especiais foram bastante satisfatórios e podem ser comparados ao que vemos no primeiro filme dos Transformers. Os Zords, robôs com formas de dinossauros pilotados pelos heróis, já haviam aparecido em um dos trailers e eu tinha criticado isso, pois achava que o mistério deveria ser mantido. Entretanto, o Megazord guardado como carta na manga foi suficiente para fazer meu coração bater mais rápido. Gostei da forma como eles inseriram os Rangers no Megazord, sem ser aquela cabine em que todo mundo sentava próximo. Agora vamos ao ponto alto do filme, momento que fez um sorriso aparecer no meu rosto de ponta a ponta: os Rangers partindo em seus Zords ao som do clássico dos clássicos: “Go Go Power Rangers!” Quase cantei junto!.


Para você que curtiu na época, assista que é entretenimento garantido. Para quem não conhece esses heróis, vale a pena conhecer. Diversão garantida. Fique para cena pós-créditos e aprecie a menção a um ranger pra lá de especial. Nota: 8,0.


Thalita Amaral

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